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Trabalho e Rendimento

Nova Lima, São Caetano do Sul e Santana de Parnaíba ostentam os maiores rendimentos do país

No outro extremo, nos municípios de Cachoeira Grande (MA), Caraúbas do Piauí e Mulungu do Morro (BA) estão os trabalhadores com os menores rendimentos do Brasil

13 OUT 2025 - 18H12 • Por Wilson Lopes
Santana de Parnaíba, em São Paulo, alcançou o 1º lugar no ranking regional dos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), empregando 4.024 pessoas de janeiro a junho de 2025 - Prefeitura de Santana de Parnaíba (SP)

Os dados apresentados pelo recorte do ‘Censo 2022: Trabalho e Rendimento’, apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 50 municípios brasileiros apresentam um nível de ocupação maior ou igual a 70%, ou seja, de cada 10 pessoas de 14 anos ou mais de idade, 7 estavam ocupadas. 

Por outro lado, 330 municípios brasileiros possuíam o indicador menor ou igual a 30%, o que significa que a cada 10 pessoas, apenas 3 estavam ocupadas, sendo as demais declaradas como desocupadas ou fora da força de trabalho.

Quem lidera a lista da ocupação no país é o arquipélago de Fernando de Noronha (3.341 habitantes), distante 350 km ao largo da costa de Pernambuco, onde 82,9% da população estava devidamente empregada. 

No continente, o município com o maior nível de ocupação é Vila Maria, no Rio Grande do Sul (78,4%); seguido de Serra Nova Dourada, no Mato Grosso (78,2%). Completam o ‘top 5’ a mineira Nova Serrana (77,2%) e a catarinense Irati (76,6%).

Esses percentuais estão bem acima do nível de ocupação médio do Brasil (53,5%) e de cada uma das cinco Grandes Regiões: Norte (48,4%), Nordeste (45,6%), Sudeste (56,0%), Sul (60,3%) e Centro-Oeste (59,7%).

Rendimento inferior a um salário mínimo

Segundo o IBGE, em 520 dos 5.569 municípios do país, ou 9,3% do total, o rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos das pessoas ocupadas estava abaixo de um salário mínimo (R$ 1.212).

Os dez municípios com os menores rendimentos médios mensais de todos os trabalhos estavam no Nordeste, e o menor valor foi o de Cachoeira Grande/MA (R$ 759), com Caraúbas do Piauí/PI (R$ 788) e Mulungu do Morro/BA (R$ 805) a seguir. 

Por outro lado, em 19 municípios, este indicador superava R$ 4.848, ou seja, mais de quatro salários mínimos. E todos os 10 municípios com os maiores rendimentos médios do trabalho estavam no Sul e Sudeste, com destaque para Nova Lima/MG (R$ 6.929), São Caetano do Sul/SP (R$ 6.167) e Santana de Parnaíba/SP (R$ 6.081).

35,3% dos trabalhadores recebem um salário mínimo

O rendimento do trabalho é um dos principais indicadores da qualidade da inserção dos indivíduos no mercado de trabalho. Em 2022, enquanto 35,3% dos trabalhadores do país recebiam um salário mínimo (R$ 1,212) ou menos, apenas 7,6% deles recebiam mais de cinco salários mínimos.

O rendimento de todas as fontes é composto pelos rendimentos de todos os trabalhos e, também, pelos rendimentos de outras fontes, que incluem aposentadoria, pensão, benefícios de programas sociais do governo, rendimentos de aluguel ou arrendamento e outras origens. Em 2022, cerca de 75,5% do rendimento mensal domiciliar total do país provinha do rendimento de todos os trabalhos, enquanto as outras fontes originavam os 24,5% restantes.

Querência tem o maior rendimento do trabalho

Os dez municípios com as maiores participações do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar estavam no Centro-Oeste, com destaque para Querência (93,7%), Sapezal (93,5%) e Primavera do Leste (92,9%). Já os 10 municípios com as menores proporções do rendimento do trabalho estavam no Nordeste, com destaque para Vera Mendes/PI (23,0%), Jurema/PI (24,8%) e Venha-Ver/RN (24,8%), onde menos de ¼ do rendimento domiciliar era proveniente do trabalho.

Restaurante Topo do Mundo, em Nova Lima, Minas Gerais: município com o maior valor do rendimento domiciliar mensal per capita do país (Prefeitura de Nova Lima/MG)

Nova Lima tem o maior rendimento domiciliar per capita 

Em 2022, o rendimento mensal domiciliar per capita da população foi de R$ 1.638. As três Unidades da Federação com os maiores valores para esse indicador foram Distrito Federal (R$ 2.999), Santa Catarina (R$ 2.220) e São Paulo (R$ 2.093). Já os menores valores estavam no Maranhão (R$ 900), Amazonas (R$ 980) e Pará (R$ 994).

Os dez municípios com os maiores valores do rendimento domiciliar mensal per capita estavam no Sudeste e no Sul do país, com destaque para Nova Lima/MG (R$ 4.300), São Caetano do Sul/SP (R$ 3.885), Florianópolis/SC (R$ 3.636), Balneário Camboriú/SC (R$ 3.584) e Niterói/RJ (R$ 3.577). 

Por outro lado, os 10 municípios com os menores valores desse indicador estavam no Norte e no Nordeste, com destaque para Uiramutã/RR (R$ 289), Bagre/PA e Manari/PE (ambos com R$ 359), Belágua/MA (R$ 388) e Cachoeira Grande/MA (R$ 389).

Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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