Jacarta, na Indonésia, é a cidade mais populosa do mundo

O mundo tem 33 megacidades com mais de 10 milhões de habitantes e mais da metade delas está na Ásia

Jacarta (Indonésia) é atualmente a cidade mais populosa do mundo, com 41.914.000 habitantes, seguida por Daca (Bangladesh) com 36,5 milhões e Tóquio (Japão) com 33,4 milhões. Cairo (Egito) é a única cidade não asiática entre as dez maiores. Até 2050, o número de megacidades deverá subir para 37, com cidades como Adis Abeba (Etiópia), Dar es Salaam (Tanzânia), Hajipur (Índia) e Kuala Lumpur (Malásia) projetadas para ultrapassar a marca de 10 milhões de habitantes.

Os números integram o relatório ‘Perspectivas da Urbanização Mundial 2025: Resumo dos Resultados’, divulgado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA). A nova metodologia passa a considerar as áreas metropolitanas vizinhas, que fazem parte da dinâmica das grandes capitais. Por isso, Jacarta saltou da 30ª posição em 2018 para a liderança em 2025.

Segundo o estudo, o mundo está se tornando cada vez mais urbano, com as cidades abrigando agora 45% da população global de 8,2 bilhões de habitantes. 

“O número de pessoas que vivem em cidades mais que dobrou desde 1950, quando apenas 20% dos 2,5 bilhões de habitantes do planeta viviam em áreas urbanas. A projeção para 2050 indica que dois terços do crescimento populacional global ocorrerão em cidades, e a maior parte do terço restante em cidades menores.”

O relatório também mostra que o número de megacidades (áreas urbanas com 10 milhões ou mais habitantes) quadruplicou de 8 em 1975 para 33 em 2025, sendo que mais da metade delas (19) está na Ásia.

Apesar da proeminência das megacidades, o relatório constata que as cidades de pequeno e médio porte abrigam mais pessoas do que as megacidades e estão crescendo em ritmo mais acelerado, principalmente na África e na Ásia. 

Número de cidades dobrou entre 1975 e 2025

Os novos dados mostram que o número total de cidades no mundo passou de 5.851 em 1975 para 12.140 em 2025, um crescimento de 107,5% em 50 anos. E as projeções indicam que, até 2050, o número de cidades no mundo poderá ultrapassar 15.000, sendo que a maioria terá populações abaixo de 250.000 habitantes.

Das 12.140 cidades analisadas pela ONU, 96% têm menos de um milhão de habitantes e 81% têm menos de 250.000. 

Conforme o relatório, para facilitar comparações internacionais, a ONU usa critérios específicos, como grau de urbanização, para caracterizar as cidades. Nesse contexto, são consideradas “cidades” aquelas que atendem a dois requisitos:

• Densidade mínima: pelo menos 1.500 habitantes por km²
• População mínima: pelo menos 50.000 habitantes

Cidades no mundo (+50 mil habitantes + alta densidade)

• 33 megacidades (mais de 10 milhões de habitantes)
• 49 cidades grandes (5 a 10 milhões)
• 429 cidades médias (1 a 5 milhões)
• 1.822 cidades pequenas (250 mil a 1 milhão)
• 9.807 cidades muito pequenas (menos de 250 mil)

Divergências de crescimento

O relatório também destaca os padrões divergentes de crescimento das cidades. Enquanto muitas cidades continuam a se expandir, outras estão experimentando um declínio populacional. Notavelmente, a população de algumas cidades está diminuindo mesmo com o crescimento populacional de seus países, enquanto outras crescem apesar do declínio da população nacional. 

A maioria das cidades em declínio populacional tinha menos de 250.000 habitantes em 2025, com mais de um terço localizadas na China e 17% na Índia. No entanto, algumas cidades muito grandes, incluindo a Cidade do México (México) e Chengdu (China), também registraram diminuição populacional.

As cidades, definidas como aglomerados populacionais de pelo menos 5.000 habitantes e uma densidade de pelo menos 300 pessoas por quilômetro quadrado, são o tipo de assentamento mais comum em 71 países tão diversos quanto Alemanha, Índia, Uganda e Estados Unidos. Elas desempenham um papel vital na conexão entre áreas rurais e cidades, oferecendo serviços essenciais e apoiando as economias locais.

As áreas rurais continuam sendo o tipo de assentamento mais comum em 62 países atualmente, número inferior aos 116 registrados em 1975. A projeção é de que, até 2050, esse número diminua ainda mais, para 44 países. Os assentamentos rurais ainda predominam em alguns países da Europa, como Áustria, Bulgária, Finlândia e Romênia, bem como em diversos países da África Subsaariana, como a República Centro-Africana, Chade, Essuatíni, Moçambique e Zâmbia, entre outros. A África Subsaariana é a única região onde as populações rurais continuaram a crescer significativamente, e espera-se que essa região seja responsável por quase todo o crescimento populacional rural futuro.

“A urbanização é uma força determinante do nosso tempo. Quando gerenciada de forma inclusiva e estratégica, ela pode abrir caminhos transformadores para a ação climática, o crescimento econômico e a equidade social. Para alcançar um desenvolvimento territorial equilibrado, os países devem adotar políticas nacionais integradas que alinhem habitação, uso da terra, mobilidade e serviços públicos em áreas urbanas e rurais”, disse Li Junhua, Subsecretário-Geral das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais.

No caso do Brasil, assim como grande parte da América Latina, o país já está altamente urbanizado e deve registrar poucas mudanças nas próximas décadas. Por isso, só duas cidades brasileiras figuram no relatório da ONU: São Paulo, na 13ª posição (18,9 milhões de habitantes); e Rio de Janeiro, na 35ª (9,5 milhões de habitantes).

Com informações do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA).
@onubrasil @onunews @dkijakarta
#RelatórioMundialdeUrbanização, #PopulaçãoDaONU

Acesse o relatório ‘Perspectivas da Urbanização Mundial 2025: Resumo dos Resultados’>>

Acesse o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA)>>

Acesse o site de Jacarta>>

• Saiba Mais

• Relatório aponta as cidades mais globais do mundo
• "O mundo está de pernas para o ar"
• O mundo tem 457 cidades com mais de 1 milhão de habitantes