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Data Favela

60% dos moradores das favelas fazem compras on-line

Apesar da representatividade, pesquisa apura atrasos nas encomendas e mercadorias não recebidas, devido ao endereço que não foi encontrado

22 JUL 2025 - 10H55 • Por Guilherme Jeronymo, Agência Brasil.
Contrariando o estereótipo de que as favelas são espaços de pobreza, as respostas da pesquisa indicam um ambiente comercial on-line pujante - Edson Lopes Jr./Prefeitura São Paulo

Pesquisa realizada em favelas de todo o país analisou percepções sobre consumo, condições de vida e perspectivas dos moradores. Contrariando o estereótipo de que são espaços de pobreza, onde o próprio desejo pelo consumo enfrenta limitações, as respostas indicam um ambiente comercial pujante e alinhado às principais marcas e plataformas utilizadas no restante do país.

O estudo ouviu 16 mil pessoas, com atuação de mil voluntários ligados à Central Única das Favelas (Cufa), e metodologia do instituto de pesquisas Data Favela.

Entre as principais percepções estão:

A sensação de frustração também foi investigada pela pesquisa: 

Outro aspecto destacado pela pesquisa foi a percepção da importância dos cuidados com a aparência: 

A pesquisa também buscou a percepção sobre quais os principais anseios dos moradores: 

O Instituto Data Favela ouviu 16 mil pessoas, com atuação de mil voluntários ligados à Central Única das Favelas (Cufa)

Como a favela compra

O consumo on-line é realizado por seis em cada 10 moradores das favelas nas quais vivem no país, cerca de 17 milhões de pessoas com mais de 18 anos em 8% dos lares do país.

As principais plataformas preferidas são Shopee, Mercado Livre e Shein, com 78% de menções como sites em que os moradores da região costumam comprar, com liderança considerável da primeira, usada por 40% dos entrevistados.

Quanto às intenções de compras em um intervalo de seis meses:

A pesquisa apurou ainda dificuldades em compras on-line. E mais: 60% dos entrevistados relataram ocorrência de atrasos na entrega de encomendas, enquanto 20% não receberam encomendas, pois o endereço não foi encontrado. Metade dos entrevistados disse ter recebido mensagens ou e-mails fraudulentos sobre encomendas. Um terço dos ouvidos caiu em golpes de mensagens ou e-mails.

Com informações da Agência Brasil.

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