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Vírus ou bactérias

Meningite causa sete mortes na Baixada Santista

Região Metropolitana formada por nove municípios do litoral paulista, com 1,6 milhão de habitantes, já registrou 44 casos decorrentes da doença

7 NOV 2025 - 09H43 • Por Bruno Bocchini e Paula Laboissière, Agência Brasil.
O Dia D de Multivacinação imunizou 1,9 mil pessoas em São Vicente (SP), cidade que registrou 17 casos confirmados de meningite neste ano - Prefeitura São Vicente (SP)

A Região Metropolitana da Baixada Santista, formada por nove municípios e uma população de 1.668.428 habitantes, registrou 44 casos de meningite em 2025, com sete mortes decorrentes da doença (até 6/11/25). 

As cidades que informaram os dados são Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém. Não há registros em Bertioga, Guarujá e Peruíbe.

De acordo com a prefeitura de Santos, houve seis casos confirmados no município este ano e um óbito. Em 2024, foram 20 casos e duas mortes.

Em Cubatão, são três casos e três óbitos em 2025, enquanto no ano passado foram registrados cinco casos e duas mortes. 

Em Praia Grande, em 2025, são 11 casos e três óbitos; no ano passado, foram 13 casos e três mortes.

Em Mongaguá, foram registrados este ano três casos, sem óbitos; em 2024, foram três casos e uma morte.

No município de Itanhaém, em 2025, foram registrados quatro casos e nenhum óbito.

Em São Vicente, foram 17 casos confirmados neste ano. As prefeituras não informaram os dados de 2024.

As meningites podem ser causadas por vírus ou bactérias e diferem entre si no que diz respeito ao tratamento e prognóstico clínico. Há sintomas que são comuns a todos, como febre alta, dor de cabeça forte, rigidez na nuca (que impede abaixar o queixo até o peito), náuseas ou vômitos e sensibilidade à luz.

As autoridades recomendam procurar o serviço de saúde no aparecimento dos sintomas, para avaliação clínica e adoção de conduta terapêutica.

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realiza e monitora a investigação epidemiológica dos casos de meningite na região da Baixada Santista, além de acompanhar a evolução dos casos em conjunto com os municípios”, disse a pasta, em nota. 

Para evitar a doença, é recomendado reforçar a higiene das mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso de sanitários; manter a limpeza e desinfecção regular de superfícies, brinquedos e utensílios compartilhados, assim como a boa ventilação dos ambientes; evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como copos, talheres e garrafas; e cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar; utilizar lenço descartável e higienizar as mãos após tossir ou espirrar.

Vacinas

Crianças com 12 meses de vida já podem receber a dose ACWY como reforço dentro do esquema vacinal contra a meningite, no Sistema Único de Saúde (SUS).

O imunizante protege contra os sorogrupos A, C, W e Y. Até então, o reforço nessa faixa etária era feito com a meningocócica C.

Com a mudança, o esquema completo contra a meningite, na rede pública, passa a ser o seguinte: duas doses da meningocócica C aplicadas aos 3 e aos 5 meses; e um reforço com a ACWY aos 12 meses. Entre os 11 e os 14 anos, a orientação é que a ACWY também seja aplicada – em dose única ou como um novo reforço, conforme o histórico vacinal.

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças que já tomaram as duas doses da vacina meningocócica C e a dose de reforço da mesma vacina não precisam receber a ACWY neste momento.

Já as crianças que ainda não foram vacinadas aos 12 meses podem receber como reforço a ACWY.

Números

Dados do ministério mostram que, até julho de 2025, o Brasil registrou 4.406 casos confirmados de meningite, sendo 1.731 do tipo bacteriana, 1.584 do tipo viral e 1.091 por outras causas ou de tipos não identificados.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.

A doença pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer com metástase nas meninges, lúpus, reações a medicamentos e traumatismos cranianos.

As meningites bacterianas, de acordo com o ministério, são mais frequentes no outono e inverno, enquanto as meningites virais predominam nas estações da primavera e do verão.

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