Quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizou os 203.080.756 habitantes do país em 2022, eles se identificaram com mais de 140 mil nomes próprios (na média, é como se cada brasileiro tivesse pelo menos 1.450 xarás).
De posse das informações, o IBGE atualizou o ‘Nomes no Brasil’, ferramenta on-line onde é possível consultar o ranking dos nomes e sobrenomes organizados por gênero, período de nascimento da pessoa e letra inicial, além das unidades da federação ou municípios.
Entre os nomes próprios mais contabilizados, Maria e José mantiveram a hegemonia, já apontada pelo Censo/2010. O Censo 2022 também contou mais de 200 mil sobrenomes: Silva lidera os registros e está presente na identificação de 16,76% da população.
Ao clicar em cada nome registrado, é possível saber o número total de pessoas registradas e a concentração de registros por localidade, além de uma linha do tempo mostrando a frequência de registros por década. O IBGE também oferece o cálculo da idade mediana para cada um dos nomes próprios.
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Para preservar o sigilo estatístico, o IBGE só divulgou nomes com mais de 20 incidências no país e, na distribuição geográfica, só foram revelados quando apresentaram incidência maior do que 15 por estado e 10 por município (Fonte: Nomes no Brasil)Cidade das ‘Maria’
Na consulta aos nomes mais frequentes no ranking, é possível, por exemplo, perceber algumas curiosidades: em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), a cada 100 pessoas, 22 se chamam Maria (22,30% e 22,21% do total da população das respectivas cidades).
Na cidade de Santana do Acaraú (CE), a cada 10 pessoas, 1 se chama Ana (equivalendo a 10,41% do total da população). Já em Buriti dos Montes (PI), essa proporção ocorre com o nome Antônio (equivalendo a 10,06% do total da população).
Entre os sobrenomes, é possível ver que 43,38% da população de Sergipe possui "Santos" no registro. Já em Alagoas e Pernambuco, o sobrenome "Silva", que lidera o ranking, está presente em mais de um terço dos registros das populações de ambos os estados (35,75% e 34,23%, respectivamente).
Osvaldo e Terezinha dão lugar a Gael e Helena
Pelo levantamento por década de nascimento, é possível perceber as tendências de nomes que entram e saem de moda ao longo do tempo, bem como aqueles que aparecem de maneira mais constante. Cruzando os gráficos de incidência, é possível ver o declínio do uso de alguns nomes ao longo das décadas, que se reflete também nas idades medianas, a exemplo de Osvaldo e Terezinha (62 e 66 anos), assim como a ascensão dos nomes “mais recentes” – que possuem idades medianas bem mais baixas, como Gael e Helena (1 e 8 anos, respectivamente).
O novo site também conta com uma aba dedicada a fatos e curiosidades sobre o estudo dos nomes próprios, a Onomástica, em que o usuário pode explorar diversos aspectos que ressaltam a dinâmica cultural refletida em nomes e sobrenomes, assim como compreender melhor o que o sistema de nomeação e os nomes utilizados podem revelar sobre uma sociedade, especialmente quando analisados ou comparados ao longo do tempo e espaços territoriais.
Nomes no Mundo
Outra novidade do site é o mapa-múndi “Nomes no Mundo”, em que é possível navegar pelo mapa e descobrir os nomes e sobrenomes mais comuns nos respectivos países. A ferramenta também faz a comparação com a quantidade de brasileiros registrados com os nomes exibidos no mapa, com base no banco de dados atualizado pelo Censo 2022.
É possível, por exemplo, selecionar a China para ver que o sobrenome mais comum do país, Wang, é utilizado por 1.513 pessoas no Brasil. Ou ainda, visitar a Bolívia e descobrir que os nomes próprios mais comuns do país são Juan e Juana: ao lado dos dados, o site informa também a quantidade de registros desses nomes no Brasil; 67.908 e 3.113 registros, respectivamente.
Sigilo estatístico
É importante ressaltar que, dependendo da singularidade do nome ou sobrenome buscado, o dado poderá ser ocultado para garantir o sigilo estatístico: em caso de termos com menos de 20 incidências no país, por exemplo.
É possível, também, que apenas parte das informações referentes seja disponibilizada, mas o mapa ou gráfico estejam incompletos. Isso também é uma garantia do sigilo dos dados, evitando qualquer tipo de identificação: na distribuição geográfica, só poderão ser divulgados quando o termo apresentar incidência maior do que 15 por UF e 10 por município. Essa proteção também acontece quando os resultados forem filtrados por década.
‘Maria, Maria’
Na canção ‘Maria, Maria’, que se tornou um hino na luta pelos direitos das mulheres no Brasil, Milton Nascimento destaca a força da mulher brasileira diante das adversidades, celebrando a dignidade e a capacidade de sonhar mesmo diante das maiores dificuldades. Às 12.284.478 ‘Maria’ contabilizadas pelo IBGE, a homenagem do poeta:
“Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta”.
Com informações da Agência IBGE Notícias.
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