Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que 876,2 mil pessoas tiveram seus locais de residência atingidos diretamente pelas enchentes e deslizamentos no Rio Grande do Sul.
Para se ter uma ideia, é como se todos os 866.300 habitantes de Teresina, capital do Piauí, de uma hora para outra, não pudessem mais retornar para suas casas.
A análise também apontou que 9,7% da população do estado gaúcho (310,4 mil pessoas) e 9,7% das famílias (138,8 mil famílias) em situação de vulnerabilidade socioeconômica antes das enchentes foram afetadas. Segundo o estudo, a mancha de impacto das enchentes e deslizamentos atingiu aproximadamente 16.126km², alcançando os 484 municípios do Rio Grande do Sul.
A elaboração das estimativas envolveu a combinação de dados de imagens de satélite, modelos computacionais, dados censitários e registros administrativos. Foram utilizados dados da mancha de impacto, do Censo Demográfico de 2022 e do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) de abril de 2024.
"O estudo foi uma parceria envolvendo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e o IBGE, e traz estimativas inéditas a partir de dados em alta resolução espacial sobre a população geral e a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica que foram atingidas pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul", explicou Rafael Pereira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e um dos autores da nota.
Os autores ressalvam que o impacto dos eventos climáticos é mais amplo do que o indicado no estudo, pois mesmo famílias não diretamente atingidas podem sofrer consequências, uma vez que seus familiares, locais de trabalho e serviços públicos da região podem ter sido afetados.
Com informações, Comunicação do Ipea.
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