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Reportagens

Ferrovia Transnordestina atravessará 53 municípios

Trecho de 1.206km atravessará Piauí, Ceará e Pernambuco, diminuindo o custo logístico e tornando os produtos brasileiros mais competitivos no mercado mundial

7/05/2024 - 15:35 Por Wilson Lopes

Dos 1.206 quilômetros que a Ferrovia Transnordestina terá, 679 quilômetros já estão concluídos, aponta relatório do Ministério dos Transportes. Quando estiver em operação, a ferrovia ligará a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, até o Porto de Pecém, no Ceará, passando por 53 municípios dos dois estados e de Pernambuco.

A ferrovia representará um marco no escoamento de produtos da região do chamado Matopiba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), diminuindo o custo logístico e tornando os produtos brasileiros cada vez mais competitivos no mercado mundial.

O contrato das obras de infraestrutura dos lotes 4 e 5 da ferrovia, entre os municípios de Acopiara e Quixeramobim, no Ceará, foi assinado pela Transnordestina Logística S.A. (TLSA). Ao todo, serão 101 km de aumento na malha ferroviária, impulsionando a conectividade em direção ao Porto do Pecém. 

A iniciativa vai gerar impacto significativo na economia local, com a criação de 1,3 mil empregos diretos, dobrando o efetivo atual e impulsionando o desenvolvimento das comunidades envolvidas. 

Concluída até 2029

Cerca de 70% da fase 1 do projeto já está pronta, mas para concluí-la é necessário fazer a conexão do sertão do Piauí, a partir da cidade de Eliseu Martins, com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE). Esta etapa está programada para terminar até 2027 e é fundamental para o início da operação da ferrovia, que terá uma extensão total de 1.206 km. A fase 2, segundo cronograma aprovado, deve ser concluída até 2029.

Somado a isso, no estado do Ceará, a Transnordestina planeja operar três terminais de carga, abrangendo também a bacia leiteira e pequenos e médios agricultores da região. A localização de um terminal voltado para grãos já está definida entre Iguatu e Quixadá, enquanto os outros dois, destinados a combustíveis e fertilizantes, serão determinados posteriormente.

O projeto conta com o suporte integral do Governo Federal, dos governos do Ceará e do Piauí, bem como das bancadas no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, tanto para a liberação de recursos quanto para a constituição do novo ‘funding’ para a conclusão do projeto.

“Atualmente o empreendimento registra 3,8 mil empregos, entre diretos e indiretos, com mais de 90% de mão de obra local. Em 2025, no pico da construção, o número pode saltar para 23.200 empregos”, observa o ministro dos Transportes, Renan Filho.

Com a retomada de investimentos federais no projeto, houve um expressivo salto na evolução das obras. Em 2023, foram aplicados cerca de R$ 269 milhões no empreendimento, que hoje contam com uma evolução de 61% de avanço físico. O orçamento atual do empreendimento é de R$15 bilhões.

“A Transnordestina levou 16 anos para ter 40% de obra executada. Em um ano, já temos 61%! Até 2025, devemos gerar mais de 23 mil empregos. Com Pernambuco de volta ao projeto, vamos ainda mais longe!”, destacou o ministro Renan Filho.

30 milhões de toneladas por ano

Executada com capacidade de transportar 30 milhões de toneladas por ano, a Transnordestina é sinônimo de redução dos custos de transportes dos produtos provenientes dos polos industriais, minerais e de agronegócios existentes na região Nordeste.

Dos 1.206 quilômetros que a Ferrovia Transnordestina terá, 679 quilômetros já estão concluídos

Entre os benefícios de sua implantação destacam-se:

  • Incremento do escoamento de grãos do semiárido brasileiro
  • Fomento ao desenvolvimento socioeconômico do Porto de Pecém (CE)
  • Aumento de competitividade do setor agrícola
  • Otimização do escoamento da produção do polo de fruticultura de Petrolina (PE) e Juazeiro (CE)
  • Geração de empregos

Com informações, Assessoria Especial de Comunicação do Ministério dos Transportes.

Confira o EDITAL RLE Nº 7/2024>

@mtransportes


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