A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) divulgou o calendário da 78ª temporada do Campeonato Mundial de Corridas de Rua (MotoGP 2026). A ‘fórmula 1’ das corridas de motos contará com 22 Grandes Prêmios em 18 países, contemplando cinco continentes.
A novidade é o retorno ao Brasil, que sediará a segunda etapa, dia 22/03, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO). A capital de Goiás não recebia a categoria há 37 anos.
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A MotoGP 2026 contará com 22 pilotos de cinco construtoras, que utilizam motores de 1000cc: Aprilia (4), Ducati (6), Honda (4), KTM (4), Yamaha (4). Em 2024, o campeonato foi vencido pelo espanhol Jorge Martín com a Prima Pramac Racing, tornando-se o primeiro piloto de equipe independente a vencer o título da classe principal na era da MotoGP. A temporada de 2025 é liderada por outro espanhol, Marc Márquez, da Ducati Lenovo Team.
Para a FIM, o retorno ao Brasil “coloca a MotoGP em um dos maiores mercados do mundo e a cidade de Goiânia sempre promoveu eventos emblemáticos e vibrantes”. O traçado do autódromo já é reconhecido como um dos melhores do Brasil para competições de motovelocidade.
Goiânia já sediou anteriormente o Grande Prêmio do Brasil de MotoGP entre os anos de 1987 e 1989. São Paulo também já foi casa do evento em 1992. O último período da competição no Brasil ocorreu entre 1995 e 2004, no Rio de Janeiro.
O Governo de Goiás está promovendo uma intensa reforma no autódromo, que contempla obras na pista, áreas de escape, muretas de contenção, guardrails, barreiras de pneus, áreas dos boxes, camarotes, prédio administrativo, torre de controle e centro médico (Cristiano Borges/Secom)Reforma em alta velocidade
No mesmo ritmo, o Governo de Goiás está promovendo uma intensa reforma no autódromo, que contempla obras na pista (camada asfáltica será totalmente trocada e a reta principal será alargada em um metro), áreas de escape (caixas de brita serão ampliadas), muretas de contenção, guardrails e barreiras de pneus, visando proporcionar segurança máxima aos pilotos. As áreas dos boxes, camarotes, prédio administrativo, torre de controle e centro médico também serão reformadas.
“Estamos utilizando materiais de maior durabilidade para competições”, ressaltou o arquiteto Carlos Wieck, da Motor Sport, responsável pelo projeto, ao detalhar o andamento da obra. “Já frisamos toda a pista para depois aplicar a camada do novo pavimento e já realizamos toda a terraplanagem para a implementação das caixas de brita”, concluiu.
Ao final da obra, a praça esportiva será homologada pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). “O autódromo de Goiânia poderá receber qualquer competição internacional”, ressalta o governador Ronaldo Caiado.
4 mil empregos
Estudo do Instituto Mauro Borges (IMB) indica que a realização do MotoGP movimentará, na economia goiana, cerca de R$ 868 milhões. A expectativa é de que sejam gerados ao menos 4 mil empregos, além de aquecer toda a cadeia de negócios em torno da corrida, o chamado trade turístico. A projeção aponta que o evento deve atrair mais de 150 mil pessoas, sendo 12% do exterior e 32% de outros estados, impactando principalmente os setores de transporte, hotelaria, comércio de produtos alimentícios e bebidas, e atividades de publicidade, televisão e cinematografia.
MotoGP em Goiás em números
- R$ 868 milhões em movimentação econômica no estado;
- 4 mil empregos diretos e indiretos;
- 150 mil espectadores;
- 67 mil pessoas que precisarão de hospedagem;
- Mais de R$ 3 mil de gasto médio estimado por espectador;
- R$ 130 milhões é a expectativa de arrecadação tributária para o Estado.
Com informações da Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás.
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