
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) monitora, desde 2022, o Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) das 5.569 cidades brasileiras. O indicador é baseado em quatro dimensões: produção e produtividade, geração de emprego formal, captação de crédito agrícola e pecuário, e a arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR).
O objetivo é ordenar o município com base na relevância da atividade rural na economia local, além de promover uma análise aprofundada da sua situação em relação a seus pares ao avaliar produção e produtividade, emprego e renda, arrecadação e crédito do setor.
O Idam varia de 0 (muito baixo) a 1 (muito alto) e permite classificar os municípios em cinco faixas, de acordo com a intensidade da atividade agropecuária. A 1ª faixa (0 a 0,2) reúne aqueles com atividade agropecuária muito baixa; a 2ª faixa (0,2 a 0,4) indica atividade baixa; a 3ª faixa (0,4 a 0,6), atividade média; a 4ª faixa (0,6 a 0,8), atividade alta; e a 5ª faixa inclui os municípios considerados agropecuários, com Idam acima de 0,8.
A lógica do Idam busca superar a conceituação de municípios agropecuários somente pelo seu nível de produção. “No entendimento da Confederação, municípios que têm uma elevada quantidade de empregos e empresas ligadas ao agro têm uma maior relação com o setor do que outros com elevada produção e baixa participação do setor no mercado de trabalho e nos empreendimentos locais. O mesmo raciocínio vale para os empreendimentos que captem maior quantidade de crédito, visando expandir a produção futura, e as cidades que tenham arrecadação mais robusta de ITR”, explica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

O pulo de São Desidério
Segundo o Idam/2025, 150 municípios brasileiros alcançaram o topo da lista e foram classificados pelo alto desenvolvimento rural.
Quem encabeça a lista é São Desidério (BA), que ocupava o 4º lugar ano passado. O jovem município de 63 anos e 34.982 habitantes (IBGE/25) está a 900 km de distância de Salvador, na região oeste do Estado, na divisa com Goiás e o Tocantins.
Na segunda colocação está Mineiros, 74.999 habitantes (IBGE/25), distante 420 km de Goiânia, no sudoeste de Goiás, na divisa com o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A cidade liderava o ranking do ano passado.
Canarana, no Mato Grosso, com 28.324 habitantes (IBGE/25), subiu da 11ª para a 3ª posição. Distante 633 km de Cuiabá no sudeste do Estado, a cidade completou 50 anos e é considerada a ‘Capital do Gergelim’ do Estado de Mato Grosso.
Completam o ranking das 10 cidades com maior desenvolvimento da agropecuária municipal Cristalina (GO), Formosa do Rio Preto (BA), Itiquira (MT), Maracaju (MS), Sidrolândia (MS), Jataí (GO) e Rio Brilhante (MS).
Entre os 20 primeiros colocados só há municípios da Bahia (2), Goiás (6), Mato Grosso (7), Mato Grosso do Sul (4) e um do Piauí. No Idam/2025, 13 municípios elevaram a sua classificação de desenvolvimento alto para muito alto e outros 13 foram rebaixados de muito alto para alto.

Desenvolvimento rural por região do país:
- Centro Oeste: Mineiros (GO) (2º) e Canarana (MT) (3º)
- Nordeste: São Desidério (BA) (4º) e Formosa do Rio Preto (BA) (10º)
- Norte: Caseara (TO) (196º) e Alvorada (TO) (255º)
- Sul: São Gabriel (RS) (17º) e Tupanciretã (RS) (36º)
- Sudeste: Unaí (MG) (15º) e Paracatu (MG) (30º)
Distrito Federal e Rondônia
O Índice de Desenvolvimento da Agropecuária Municipal (Idam) apresenta a seguinte classificação estadual:
- Mato Grosso do Sul: 0,7322
- Mato Grosso; 0,7132
- Paraná: 0,6027
- Goiás: 0,5893
- Distrito Federal: 0,5466
- São Paulo: 0,5403
- Rio Grande do Sul: 0,5112

Segundo o relatório, nos últimos 10 anos destaca-se o crescimento nos estados de Rondônia, Tocantins, Roraima e Mato Grosso, puxados, principalmente, pelas dimensões crédito e arrecadação.
Os destaques de 2025 foram o Distrito Federal, efeito do aumento na dimensão produção (28%), e Rondônia, com aumento no emprego (28%) e produção (10%).
Destaca-se a queda percentual do Idam nos municípios do Rio Grande do Sul (-4,9%) e Paraná (-2,0%), resultado da seca enfrentada pelos municípios no ano de 2022 que causou perdas na agropecuária superiores a R$ 40 bi.
Com informações da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
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