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Maranhão/Tocantins

Sem concluir a investigação da tragédia, nova Ponte JK está liberada para o trânsito

Um ano após o desabamento, a ponte Juscelino Kubitschek é reinaugurada com 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros

22/12/2025 - 16:57 Por Luciano Nascimento, Agência Brasil.

Um ano após a tragédia do desabamento, que deixou 18 vítimas, com 14 mortos, uma pessoa ferida e três pessoas ainda desaparecidas, a nova ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os municípios de Aguiarnópolis, no Tocantins, e Estreito, no Maranhão, acaba de ser inaugurada (22/12/25). 

A nova ponte tem 630 metros de extensão, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros. São duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos com três metros cada, barreiras de proteção, além de passagem para pedestres. Para a construção, o governo federal investiu cerca de R$ 172 milhões.

Durante a semana, foram realizadas cerca de 20 horas de testes estruturais para garantir a segurança do tráfego, utilizando oito caminhões do tipo betoneira carregados, pesando em média 30 toneladas cada. 

Os veículos passaram pela ponte em sequência com velocidades diferentes. Sensores foram utilizados para medir a trepidação e a resposta da estrutura.

Colapso

Construída na década de 1960, a antiga ponte chegou a passar por reparos em 2021, mas continuava apresentando problemas, até colapsar em dezembro do ano passado. No desabamento, caíram no Rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriu uma sindicância para apurar as causas e responsabilidades pelo desabamento, mas a investigação ainda não foi concluída.

A Polícia Federal também investiga o caso. Um laudo apresentado em julho passado aponta, entre outras causas para o colapso, a sobrecarga da ponte, a deformação do concreto, perda da capacidade de resistência e acúmulo de veículos sobre o local, além de manutenção e reformas mal executadas.

O documento destaca que foi decisão do Dnit manter “um tráfego superior ao projetado para a ponte, ao longo das últimas décadas de sua existência”.  O inquérito segue em andamento.

Em nota, o DNIT informou que colabora ativamente com todos os órgãos investigativos que estão atuando na ocorrência e foi aberta na Corregedoria uma Investigação Preliminar Sumária para apurar as causas do colapso da ponte JK, que irão determinar os prejuízos decorrentes e quantificação de danos.  O Departamento destacou ainda que contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo para produzir um relatório externo que apontará as causas do colapso da ponte.

No desabamento, caíram no Rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões ( Bombeiros Militar-Governo do Tocantins)

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