A pesquisa registrou um crescimento na proporção de ‘heavy users’ no canal mobile banking (Freepik)O setor bancário está vivenciando um momento singular em sua história. No texto assinado por Rodrigo Mulinari, responsável pela ‘Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária’, e por Sérgio Biagini, sócio da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros, os dois executivos afirmam que a “transformação digital não é mais uma promessa ou uma tendência futura – ela já está aqui, redefinindo profundamente a maneira como pessoas e empresas se relacionam com o dinheiro”.
Para ambos, “o celular tornou-se uma extensão natural da vida financeira e a autonomia conquistada pelos usuários, que vai muito além do simples acesso a informações, traduz-se em movimentos financeiros complexos e decisões rápidas, realizadas com confiança e segurança, a qualquer hora e em qualquer lugar”.
- Siga a Agência Cidades no Instagram>>
- Siga a Agência Cidades no Facebook>>
O segundo volume da ‘Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025’ apresenta os movimentos, os desafios e as oportunidades que a jornada ‘mobile banking’ imputou, transformando de vez as formas de relacionamento do setor financeiro com o cliente.
82% das transações em canais digitais
A 33ª edição da pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ouviu 17 instituições que respondem por 80% dos ativos bancários do país, entre janeiro e abril de 2025.
De um total de 208,2 bilhões de transações feitas pelos brasileiros em 2024, por meio dos diferentes canais de atendimento das instituições financeiras (alta de 8% em relação ao ano anterior), 82% das transações bancárias foram feitas pelos canais digitais (75% realizadas pelo celular, 7% pelo internet banking).
O número de transações realizadas pelo celular (mobile banking) é, ainda, mais expressivo, se comparado o período entre 2020 a 2024, quando a evolução alcançou 194,6% (52,6 bilhões para 155 bilhões).
55 Pix por mês
Segundo a pesquisa, o Pix, mais uma vez, se destaca no mobile banking, com um crescimento de 41%, chegando a quase 25 bilhões de operações feitas nos smartphones. A pesquisa mostra que, em média, 55 transações mensais são realizadas por conta no canal mobile, e 92% das transações neste canal são efetuadas por clientes pessoa física.
Nesta edição, registrou-se um crescimento na proporção de heavy users (pessoas físicas que realizam mais de 30 Pix por mês e pessoas jurídicas com mais de 50, tanto para recebimento quanto para envio); no canal mobile banking: quase oito em cada dez dos clientes ativos (78%) movimentam mais de 80% de suas transações neste canal.
“Fatores como praticidade, conveniência somadas com a segurança das operações, que contam com criptografia avançada e autenticação biométrica, ajudam a explicar este sucesso. A facilidade proporcionada pelo mobile banking ajuda também a impulsionar a inclusão financeira no país, já que temos nosso banco conosco 24 horas por dia, 7 dias por semana”, avalia Rodrigo Mulinari.
Conforme a pesquisa, as transações realizadas em canais físicos – como agências bancárias, caixas eletrônicos, correspondentes e contact centers – seguem em trajetória de queda, representando 5% do total. Nas agências bancárias, foram feitas 3,6 bilhões de transações, uma redução de 14% frente ao ano anterior.
Apesar da queda no volume, esses canais continuam sendo relevantes para operações mais complexas e consultivas, como contratação de crédito, renegociação e planejamento financeiro, demonstrando uma reconfiguração do papel das agências na jornada dos clientes.
Com informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
@febraban_oficial
Acesse a ‘Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária’>>







