Em 2024, 74,9 milhões de domicílios particulares permanentes estavam de alguma forma conectados à internet no Brasil. O número representa 93,6% dos 80,1 milhões de domicílios e se aproxima da universalização do serviço.
Os lares que utilizam a internet praticamente já empatam com aqueles que mantêm aparelhos de televisão (93,9%) e já superam, em muito, os que possuem rádio (48,5%) e telefone fixo (7,5%).
Mas foi o avanço da internet no meio rural o dado que mais chamou a atenção no Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) da PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, nas áreas rurais, o crescimento tem sido mais acelerado e contribui para uma considerável redução da diferença em relação às áreas urbanas, saindo de 40 p.p. de diferença em 2016 (35,0% versus 76,6%) para 9,9 p.p. em 2024 (84,8% versus 94,7%), o que representa um crescimento de 142,2% em apenas oito anos.
Esse crescimento ocorreu em todas as Grandes Regiões, sobretudo no Nordeste, que apresentou o maior aumento (2,2 p.p.) entre 2023 e 2024. Apesar disso, essa Região continuou registrando a taxa mais baixa (91,3%), enquanto a Centro-Oeste apresentou a maior (96,0%).
No País, o rendimento médio mensal real per capita nos domicílios em que havia utilização da Internet (R$ 2.106) foi 70,8% maior do que o rendimento nos que não a utilizavam (R$ 1.233).
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Motivo da não utilização da Internet no domicílio
Em 2024, nos 5,1 milhões de domicílios do País em que não havia utilização da Internet, os três motivos que mais se destacaram representavam, em conjunto, 86,9%. Esses três motivos foram:
- 32,6% nenhum morador sabia usar a Internet
- 27,6% serviço de acesso à Internet era caro
- 26,7% falta de necessidade em acessar a Internet
- 3,9% serviço de acesso à Internet não estar disponível na área do domicílio
- 3,2% equipamento eletrônico necessário para acessar a Internet ser caro
- 2,0% falta de tempo
- 0,8% preocupação com privacidade ou segurança.
Em área urbana e rural, os três motivos que mais se destacaram foram os mesmos do total e concentravam 89,8% e 79,0%, respectivamente, dos domicílios em que não havia utilização da Internet.
Entretanto, na área rural, além dos três motivos mais alegados, destacou-se a falta de disponibilidade do serviço de acesso à Internet na área do domicílio, que representou 12,1% (13,8% em 2023) dos domicílios em que não havia utilização da Internet em área rural, em contraste com somente 0,9% em área urbana.

Existência de dispositivo inteligente
No País, dos 74,9 milhões de domicílios onde havia utilização de Internet, 13,5 milhões (18,1%) possuíam algum tipo de dispositivo inteligente, um aumento de 1,9 milhão de domicílios (ou 2,1 p.p) entre 2023 e 2024. Em setores rurais, o percentual foi consideravelmente inferior ao urbano, 8,8% contra 19,1%.
Em relação às Grandes Regiões, o menor percentual foi registrado na Região Nordeste (11,8%) e o maior, na Região Sul (23,2%). As Regiões Sudeste e Centro-Oeste também apresentaram números acima de 20%.
Em 2024, o rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que possuíam algum tipo de dispositivo inteligente foi mais que o dobro do rendimento dos domicílios que não possuíam esse tipo de equipamento, R$ 3.564 e R$ 1.777, respectivamente.
Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
@ibgeoficial @inovacaoparana @governomg
Acesse a pesquisa Acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal 2024 / IBGE>>