O estudo ‘Geografia do Pix - Análise descritiva das Transações Pix por Município no ano de 2024’, publicado pelo Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que 63% dos brasileiros realizaram pelo menos uma transação por mês ao longo de 2024, utilizando o Pix como meio de pagamento.
No ranking dos estados Distrito Federal (79,05%), Amapá (71,56%), Rio de Janeiro (70,52%), São Paulo (70,49%), Rondônia (70,07%) e Roraima (67,5%) se destacam, apresentando adesões superiores a 65%.


Mas a proeminência nacional ficou por conta de Pacaraima (RR), município fronteiriço com a Venezuela, de 19.305 habitantes (Censo/22), que registrou 106.104 usuários do Pix, número 5,4 vezes maior do que sua população.
Os técnicos da FGV acreditam que a adesão da população superior a 500% provavelmente esteja associada ao fluxo migratório na região.
Na cidade, os usuários realizaram, em média, 31 transações mensais ao longo do ano passado, movimentando, em média, R$ 119 por operação.
Em 2023, o Brasil registrou 192 mil entradas e 67,3 mil saídas de venezuelanos de seu território. Pacaraima é o principal “portal” de acesso desse fluxo.
1 Pix por dia
Segundo o estudo da FGV, cada usuário do Pix realizou, em média, 32 transações mensais. Em 2024, os amazonenses foram os que mais usaram o serviço, realizando, em média, 48 transações mensais. Já o estado com menor frequência de uso foi Santa Catarina (25).
A partir dos resultados, os pesquisadores sugerem que quem adere ao Pix nas regiões de menor renda per capta tende a usá-lo mais frequentemente. Em termos regionais, Norte (41) e Nordeste (37) encabeçaram o ranking de transações por usuário, seguidos pelo centro-oeste (34); Sudeste (30) e Sul (27).
O valor médio das transações feitas em todo o país foi de R$ 190,57, mas, na média, habitantes das regiões Centro-Oeste (R$ 240,37); Sul (R$ 223,84) e Sudeste (R$ 208,80) movimentaram cifras maiores, enquanto no Nordeste e no Norte, os montantes não superaram R$ 151 e R$ 147, respectivamente.
“Essa diferença pode ser reflexo das desigualdades regionais: usuários de áreas de maior renda tendem a realizar transações de maior valor”, sustentam os técnicos da FGV, apontando o que classificam como uma “diferença entre acesso e uso” do sistema.
“O estado do Amazonas ilustra a diferença entre acesso e uso. Nesse estado, verifica-se o maior número [48] de transações por usuário do país e, ao mesmo tempo, o menor valor médio das transações (R$ 120). Isso sugere um uso incorporado aos hábitos cotidianos, com transações frequentes e de baixo valor”, concluem.
Com informações, Alex Rodrigues, Agência Brasil.
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