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Profissão do futuro

Quer trabalhar na indústria? Então, aprenda uma destas 16 profissões...

Observatório Nacional da Indústria mapeou tendências, competências e desafios da formação profissional e advertiu que funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer, dando lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares

16/09/2025 - 12:06 Por Wilson Lopes

Novo estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), traça um panorama inédito sobre o futuro da formação profissional no Brasil, com foco no segmento industrial.

A pesquisa prospectiva mapeia 16 ocupações profissionais que ganharão cada vez mais relevância entre 2026 e 2035 e 34 tendências (tecnológicas e organizacionais) que deverão impactar a indústria brasileira nos próximos anos.

Técnico em cibersegurança industrial, por exemplo, deve ser uma ocupação procurada por pelo menos 25% das empresas industriais brasileiras nos próximos cinco anos, assim como técnico em manufatura aditiva (impressão 3D). Outro exemplo é o de gerente de inovação aberta e colaborativa, que deve ser uma ocupação requisitada por 27% das empresas.

O superintendente do ONI, Márcio Guerra, explica que funções operacionais e repetitivas tendem a desaparecer, dando lugar a ocupações mais analíticas, criativas e interdisciplinares. "Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos", reforça.


Confira a lista das profissões do futuro na indústria:

Nível técnico

  • técnico em microrredes e energias renováveis
  • técnico em cibersegurança industrial
  • técnico em manufatura aditiva (impressão 3D)
  • técnico em manutenção preditiva
  • técnico em internet industrial das coisas (IIoT) e conectividade industrial
  • técnico em operação de robôs e drones autônomos
  • técnico em realidade aumentada/virtual (RA/RV)
  • técnico em sensoriamento remoto e geotecnologias

Nível superior

  • gerente de inovação aberta e colaborativa
  • gestor de sustentabilidade e economia circular
  • especialista em gêmeos digitais (réplica virtual de um objeto ou sistema) e modelagem virtual
  • especialista em governança algorítmica e ética digital
  • cientista de dados industrial
  • engenheiro de machine learning e IA (inteligência artificial) industrial
  • engenheiro de edge computing
  • arquiteto de soluções blockchain para cadeia de suprimentos

Tecnologia como motor das mudanças

A análise destaca o papel das tecnologias emergentes - como inteligência artificial, Internet Industrial das Coisas (IIoT), gêmeos digitais, blockchain, manufatura aditiva e realidade aumentada - como elementos centrais na redefinição de processos produtivos e modelos de negócio.

Ao mesmo tempo, práticas organizacionais inovadoras, como metodologias ágeis, economia circular e governança algorítmica (uso de algoritmos e sistemas de inteligência artificial em políticas de governança), passam a compor o núcleo da competitividade industrial.

Tendências para o profissional do futuro

As tecnologias emergentes e as mudanças organizacionais, por si só, não transformam a indústria, mas seu uso e implementação exigem um novo conjunto de habilidades, capacidades e conhecimentos explícitos que permita aos trabalhadores operarem sistemas complexos, interagirem com máquinas inteligentes, extraírem valor dos dados e colaborarem em ambientes híbridos e digitalizados.

“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, de analisar os dados que elas produzem e de tomar decisões baseadas em evidências. Isso exige uma formação sólida, constantemente atualizada e conectada às práticas do mundo do trabalho”, explica Márcio Guerra.

Há uma relação direta e intensa de impacto entre a difusão das novas tecnologias e os novos modelos organizacionais e a necessidade de reconfiguração das formações profissionais. À medida que as empresas se transformam digitalmente, surgem novas funções, novos fluxos de trabalho e novas interações entre homem e máquina, exigindo dos profissionais um conjunto ampliado de competências que integram habilidades operacionais, capacidades cognitivas refinadas e conhecimentos técnicos atualizados.

Habilidades (skills) que ganharão mais importância nos próximos cinco anos

Para não confundir: o conceito de habilidade está relacionado à forma como as atividades são realizadas, à aplicação do conhecimento e à forma de agir e pensar. É desenvolvida por meio de treinamento (prática) ou experiência.

  • 1. Análise e avaliação de informações e dados
  • 2. Aprendizagem ativa
  • 3. Fluência digital
  • 4. Resolução de problemas complexos
  • 5. Operação e controle
  • 6. Monitoramento de operações
  • 7. Pensamento crítico
  • 8. Comunicação com colegas e clientes
  • 9. Julgamento e tomada de decisões
  • 10. Gestão de recursos materiais

Capacidades (abilities) que ganharão mais relevância nos próximos cinco anos

Para não confundir: o conceito de capacidade (ability) está relacionado às características das pessoas, ou seja, seu comportamento ao agir ou reagir a um produto, organização, pessoa, evento ou situação.

  • 1. Raciocínio indutivo
  • 2. Raciocínio dedutivo
  • 3. Percepção de problemas
  • 4. Visualização
  • 5. Flexibilidade para categorização
  • 6. Raciocínio abstrato
  • 7. Velocidade perceptiva
  • 8. Expressão oral
  • 9. Coordenação dos membros
  • 10. Clareza de expressão

Com informações da Agência de Notícias da Indústria.

@cnibr



 


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