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Reportagens

Goiás muito antes do Diabo Velho

Exposição apresenta história da ocupação humana em Goiás, reunindo peças dos 1,5 mil sítios arqueológicos do Estado

8/05/2024 - 11:09 Por Wilson Lopes

Os livros de história registram a ocupação do território goiano pelos bandeirantes paulistas, liderados por Bartolomeu Bueno da Silva, em 1682, que desbravaram as margens do Rio Araguaia à procura de metais preciosos e na captura de indígenas avás-canoeiros, tupi-guaranis e jês para trabalhar como escravos na agricultura de Minas Gerais e de São Paulo.

Bartolomeu, que ameaçava os índios dizendo que iria colocar fogo nas fontes d’água da região (incendiava um copo de aguardente, insinuando seu poder de feitiçaria), ganhou o apelido de Anhanguera (diabo velho, na língua indígena) e, com isso, obrigava os nativos e lhes mostrar onde extraiam com facilidade o mineral que usavam como adorno. 

para as escolas, a visita deverá ser pré-agendada e será acompanhada de oficina lúdica de pintura com pigmentos e corantes naturais, voltada ao público infantojuvenil.

1,5 mil sítios arqueológicos

Mas, muito antes do Diabo Velho, a história de Goiás já vinha sendo registrada, não pelos livros literários da escola, mas por fragmentos que agora foram reunidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan) e que resgatam a presença da ocupação humana no Estado. 

A ‘Mostra Goiás: 11 mil anos’, reúne centenas de artefatos dos mais de 1,5 mil sítios arqueológicos do estado. A ação é fruto de uma parceria entre o Iphan e o Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (MA/UFG).   

O objetivo da iniciativa é ajudar o público a compreender a ocupação do território goiano desde 11 mil anos, a partir da leitura do Patrimônio Arqueológico, por meio de oficinas lúdicas e interativas. Com o uso da tecnologia, os participantes também poderão conhecer o patrimônio arqueológico de Serranópolis (373km de Goiânia). Por meio de óculos de realidade virtual, será possível ver os detalhes dos sítios.   

Durante as visitas guiadas, os participantes poderão ver presencialmente os artefatos, em uma jornada pela cultura e história dos povos formadores da identidade goiana e brasileira. São fragmentos de histórias de homens, mulheres e crianças, legados por meio de peças de pedra, cerâmica, vidro, louça e metal, portadores de conhecimentos e saberes das sociedades ancestrais.   

A visitação será realizada em dois modelos: para a comunidade em geral e para a comunidade escolar. Para o público em geral, A Mostra Goiás: 11 mil anos estará aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. A comunidade poderá realizar a visita a qualquer momento, sem necessidade de agendamento. 

Já para as escolas, a visita deverá ser pré-agendada e será acompanhada de oficina lúdica de pintura com pigmentos e corantes naturais, voltada ao público infantojuvenil. 

O agendamento prévio das visitas mediadas e oficinas deverá ser realizado por meio de formulário de inscrição, até junho de 2024. 

Mais informações podem ser obtidas com a equipe de mediadores (MA/UFG), pelo número (62) 3209-6012.  

Com informações, Coordenação-Geral de Comunicação Institucional do Iphan (CGCOM).

Acesse o formulário de inscrição para ações educativas da Mostra Goiás: 11 mil anos>

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