Chef Eliana Santos, do restaurante Beco do Siri, na Ilha das Caieiras, e o empreendedor social Ryan Gouveia: referências no mercado cultural de Vitória simbolizam a ascensão da capital capixaba no cenário nacional - Jansen Lube/Prefeitura Vitória (ES)

O documento ‘Carta Brasileira para Cidades Inteligentes’, escrito pelo governo brasileiro com apoio de 126 instituições públicas e privadas para nivelar o conceito e propor uma agenda para a transformação dos 5.569 municípios do país, define as “cidades inteligentes” como aquelas comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural, que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias da informação e comunicação.

O tema ganhou tanta relevância que a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou três indicadores para mensurar o desempenho dessas localidades (Serviços Urbanos e Qualidade de Vida, Cidades Inteligentes, Cidades Resilientes), permitindo medir o desenvolvimento sustentável, informar os investimentos em infraestrutura com resultados mensuráveis, medir a gestão de desempenho dos serviços e a qualidade de vida ao longo do tempo.

Estes indicadores, em conjunto com a ‘ISO 37125:2024 - Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores ambientais, sociais e de governação (ESG) para cidades’ formam a base do ‘Novo Ranking Connected Smart Cities 2025’, que analisou 75 indicadores em 13 eixos temáticos para revelar quais são as cidades mais inteligentes do Brasil.

O Connected Smart Cities leva em consideração pilares como Economia e Finanças; Governança; Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Resíduos Sólidos, Esgotos e Água; Educação; Habitação e Planejamento Urbano; Mobilidade Urbana; Saúde, Agricultura Local/Urbana e Segurança Alimentar; Telecomunicações; Energia; Inovação e Empreendedorismo; População, Condições Sociais; Segurança.

Publicado desde 2015, o ranking utiliza tecnologia de ponta para incentivar a competição saudável e impulsionar o desenvolvimento inteligente nas cidades brasileiras, permitindo uma visualização interativa e uso estratégico das informações.

A edição de 2025 considerou três premissas fundamentais: os resultados devem ser acessíveis a um público amplo; o número de indicadores evolui quando novas evidências se tornam amplamente disponíveis; e o monitoramento dos indicadores requer a estimativa do desempenho absoluto da cidade com base na distância até os valores de referência estipulados. Os indicadores são provenientes de diversas fontes oficiais e de entidades renomadas como o MapBiomas e SEEGMunicípios. 

O potencial de nota das cidades avaliadas é de 100 pontos. Mas, nessa edição, menos de 2% das cidades analisadas ficou acima da média dos 50 pontos, reforçando a necessidade de que gestores públicos e todos os atores engajados no planejamento e desenvolvimento urbano adotem uma abordagem estratégica e contínua para a avaliação e o diagnóstico de suas cidades.

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Vitória desbanca Florianópolis

A grande vencedora do Ranking Connected Smart Cities 2025 foi a cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, que alcançou a nota 61,27. Em 2024, a cidade foi a vice-campeã, atrás de Florianópolis (SC), que agora passa para a segunda colocação, com nota 59,63. Fecha o pódio Niterói (RJ), com 59,07 pontos. 

Completam as 10 primeiras posições São Paulo/SP (57,76), Curitiba/PR (57,46), Recife/PE (57,2), Barueri/SP (56,93), Santos/SP (56,81), Salvador/BA (56,64) e Rio de Janeiro/RJ (55,97). 

Avaliações relativas aos eixos temáticos de Vitória, no Espírito Santo, a cidade com melhor pontuação no Ranking Connected Smart Cities 2025

Eixos temáticos

Algumas cidades se destacaram entre os 13 eixos temáticos analisados pelo Connected Smart Cities. São elas:

• Niterói (RJ) - Economia e Finanças
• Santana de Parnaíba (SP) – Educação
• Angra dos Reis (RJ) - Habitação e Planejamento Urbano
• Florianópolis (SC) - Inovação e Empreendedorismo
• Salvador (BA) - População e Condições Sociais
• Curitiba (PR) - Resíduos Sólidos, Esgoto e Água
• Barretos (SP) - Saúde, Agricultura Local/Urbana e Segurança Alimentar

Cidades-Destaques

Dez cidades foram consideradas ‘destaque’, pois, em comparação à edição anterior, apresentaram grande evidência, galgando muitas posições, surgindo entre as 100 mais bem posicionadas, considerando agora indicadores internacionais de comparação. São elas (em ordem alfabética):

• Angra dos Reis (RJ)
• Brusque (SC)
• Colombo (PR)
• Lajeado (RS)
• Palhoça (SC)
• Paulista (PE)
• Santa Rita do Sapucaí (MG)
• São José (SC)
• Taboão da Serra (SP)
• Teresópolis (RJ)

 RANKING CONNECTED SMART CITIES 2025 

Fonte: Ranking Connected Smart Cities 2025

Fonte: Ranking Connected Smart Cities 2025

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